Autoestima significa gostar de si mesmo, gostar de quem somos e ter apreço por quem se é. A medida que gostamos de quem somos, tendemos a acreditar na nossa potencialidade e investir em recursos mais saudáveis e adaptativos.
Acreditar em si é uma das maiores apostas o ser humano pode fazer. A confiança em si e o acolhimento da própria história apontam a aceitação dos desafios da caminhada e do senso de valor sobre a vida, incluindo as vulnerabilidades de cada um. Nutrir autocuidado e alinhar atitudes com seus objetivos na vida são aspectos fundamentais para vivermos com saúde e equilíbrio.
As experiências positivas precoces são fundamentais na construção de uma autoestima saudável, revelando o rico potencial no desenvolvimento humano da infância. Ter experiências variadas, validantes e estimulantes promovem aprendizagens distintas, especialmente quando acompanhadas de vínculos seguros. Ao aprender algo novo amplia-se repertórios saudáveis e valida-se a capacidade de aprendizagem. Estes são dimensões importantes para que as pessoas fortaleçam expectativas positivas acerca de si mesmas.
Da mesma forma, acolher aspectos frágeis da nossa história e compreender como eles surgiram são ferramentas úteis no crescimento do ser humano, à medida em que nos convida a questionar a forma como lidamos com as aflições. É bastante frequente que a percepção de si mesmo apresente-se incoerente com as atitudes da pessoa, o que passa a ser fonte de sofrimento.
As percepções distorcidas são bastante comuns nas pessoas. Em linhas bem gerais, elas se apresentam frequentemente por supervalorização, ou seja, acreditar que as suas competências ou realizações são maiores de que de fato ocorrem; a desvalorização, que configura o não-reconhecimento das potencialidades ou mesmo dos objetivos alcançados pela pessoa; ou resignação, em que os contextos são apresentados e elas respondem sem importantes questionamentos, por exemplo. Diversos aspectos podem ser referidos como núcleos de percepções distorcidas, especialmente vinculados às condições ambientais e relações parentais compatíveis a tais percepções. Contextos de insegurança, negligência, baixa assertividade, altos níveis de exigência social, conflitos frequentes, por exemplo, podem ser um terreno fértil para a ocorrência das percepções errôneas. Pessoas com visões significativamente distorcidas tendem a estabelecer metas irrealistas e reconhecimento equivocado dos alcances já obtidos, o que pode ser nocivo para o desempenho acadêmico, profissional e social.
Vale salientar que, em alguma medida, todas as pessoas apresentam algumas percepções distorcidas e nem sempre isso se estabelece como uma doença ou transtorno. A intensidade e frequência em que são identificadas na vida é que sugerem adoecimento. Esta pode ser a ponta do iceberg de uma problemática mais severa. A fim de construir padrões mais saudáveis, atribuir novos significados às experiências e estar mais próximo da realidade, recomenda-se Psicoterapia.
Confiar em si mesmo, planejar a vida com metas possíveis, obter êxito e tolerar frustrações são etapas importantes para se viver saudavelmente. Acreditar em si mesmo nos ajuda a acolher a realidade e confiar que seremos capazes de lidar com suas mais variadas nuances da vida.
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